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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Café com Leite


 Eu posso ser um fudido, mas sou um fudido com dignidade. Um fudido exigente.
Um fudido que não usa a mesma camiseta, calça, cueca, samba-canção, meia, duas vezes seguidas sem lavar. Confesso que já usei, até três vezes mas, não uso mais. Outra coisa que faço questão é meu café com leite de manhã antes de sair para o trabalho. Café meio amargo, leite gelado ou frio, meia caneca de cada. Posso ser fudido, beleza, mas tenho que tomar meu café com leite antes do batente.
 Eis que em uma bela, linda e chuvosa manhã de terça-feira, me acaba o leite. A chuva era daquelas de arrancar todos os barracos de uma favela, chuva forte! Mesmo sabendo que não iria encontrar, fui dar uma olhada no armário da cozinha, vai que de repente tem uma caixinha ali escondidinha, abri as duas portas do armário de uma vez, como se estivesse tentando flagrar algo. O leite que tinha no armário era em pó, desses que o governo distribui nas escolas. Porra, leite em pó na casa do caralho, quero leite de verdade, que saiu da tetinha da vaca, pasteurizado, colocado na caixinha, embalado e enviado pro supermercado e pronto pra ser servido na xícara de moi.
 Coloquei minhas galochas, peguei meu guarda-chuva, que mais parece um guarda-sol, e me aventurei pelas vielas imundadas da favela onde eu moro. Jornada dura e cruel até a padoca, o vento gelado, a chuva torrencial quase me afogando mas, era o único local aberto aquela hora. Quase 6 da manhã.
 Passei por todas as vielas e pontes, cheguei na avenida. Estava parado em frente a padaria, só teria que atravessar a avenida de duas mãos e pronto. Fiquei na faixa de pedestres esperando o farol abrir.
 Mesmo que com toda a água do planeta caindo na minha cabeça, eu não tinha me molhado muito. Minha camiseta tava sequinha. Farol amarelou, coloquei um pé na rua. Do absolutamente nada, deve ter saído de um buraco negro não é possível, me veio uma lotação/perua/van Santo Amaro e me passou por cima de uma poça de água formando um tsunami de 8 metros de altura. Aquela água de esgoto, misturado com chuva e afins me molhou inteiro! Olha, devo ter tomado uns dois litros de água de esgoto/chuva.Meu pobre guarda-chuva se soltou de minhas mãos e foi arrastado pelo vento, pela chuva, pela lotação/perua/van Santo Amaro e pela puta que o pariu! Não sobrou nada do coitado, uma pena era um puta guarda-chuva.
 Dada toda essa dificuldade desisti de esperar pelo farol e atravessei com ele fechado mesmo. Resultado, quase fui atropelado por um Uno. O cara ainda me xingou: " Quer morrer virgem, viado? " , e saiu a milhão.
 " Filha da puta, tua irmã aquela vagabunda.", pensei, não falei. Vai que o cara volta.
 Consegui atravessar a rua, os quinze metros mais longos da minha fodida vida.
 Entrei na padoca, até que é uma boa padoca. E têm quase tudo que se pode encontrar em um supermercado. Deve ter pessoas que não tem tempo de ir ao supermercado e fazem suas compras ali na padoca mesmo.
 Já tinha um pessoal na fila esperando pelo pão. Uma fila de umas sete pessoas. Um negão alto, careca, forte, estava de terno, deve ser segurança de balada. Depois dele, um senhor baixinho, cabelo só nas laterais, camisa de botão aberta até a metade e shorts, na mão direita segurava um guarda-chuva, mas nem de longe lembrava o meu querido e finado guarda-chuva. A terceira da fila era uma senhora, uma puta senhora, devia pesar aí na média de uns 130 kg, ia pegar toda a leva de pães, certeza. Depois dela vinha outra mulher, na média de uns 45 anos, aspecto de cansada, quase dormindo em pé na fila. Um moleque magrelão  era o quinto da fila, o rosto dele não tinha espinha, eram as espinhas que tinham um rosto. Atrás dele um tiozinho barrigudo, todo empacotado com uma capa de chuva amarela, e na sequencia atrás dele uma velhinha acabando de morrer, uns 65 ou mais anos de idade. E depois de toda essa galera cheia de vida, eu. Nenhuma gostosa.
  Trampando na padoca eu consegui avistar dois balconistas, um alemão de 1,70 m de altura, cara fechada e puto da vida, certeza que queria estar dormindo ou batendo uma escutando o barulhinho da chuva levando os barracos da favela. O outro era um tipo meio roqueiro, maconheiro. Tava com uma cara de ressaca, os olhos vermelhos, de braços cruzados e dando uma pescada atrás da outra. Tinha o caixa do outro lado, perto da saída. Ele era gordo, bem gordo. A camisa  estava aguentando bravamente para não estourar os botões. Na cozinha deveria haver pelo menos mais dois funcionários. Um fazendo e o outro assando os pães.
 Na fila fiquei olhando para as prateleiras laterais, afim de encontrar o leite e evitar aquela fila mórbida. Nada feito, avistei o liquido pasteurizado produzido por nossas queridas amigas vaquinhas atrás do balcão.  Porra vou ter que pegar a fila.
 Dez minutos quase, e nada dos pães saírem, já bateu aquela impaciência. " O caralho de asa que vou esperar nessa fila o pão sair, só quero minha caixinha de leite caceta.", pensei, não falei.
 Criei coragem, respirei fundo, pedi licença timidamente, quase não escutei minha voz. Dei dois passos em direção ao balcão esbarrando na tiazinha acabando de morrer, e no tiozinho barrigudo empacotado na capa de chuva amarela. Senti um coice na nuca. Mordi a língua. A vista escurecendo. Desmaiei.
 Quando acordei a padoca tava fechada. Todos, inclusive eu, estávamos sentados no canto esquerdo da padoca, perto de uma geladeiras de refrigerante, suco e afins. O negão segurança, chorava que soluçava. O tiozinho sem cabelo só olhava para o chão. A gordona dos 130 kg estava em pé, acho que a coitada não conseguiu sentar. A mulher de 45 anos que estava quase dormindo na fila, havia despertado, não vai dormir tão cedo. O magrelão olhava para o relógio e estourava uma espinha, nessa ordem. O tiozinho da capa de chuva transbordava suor, a padoca fechada e com os fornos ligados, tava uma sauna. Na velhinha de 65 anos acabando de morrer, não consegui detectar nenhuma reação ou emoção. O alemão e o roqueiro maconheiro continuavam atrás do balcão com as mãos para cima e tremendo mais que vara verde, dava dó olhar. O gordão do caixa tentava o mais rápido possível encher uma sacola dessas de lixo de 100 litros com dinheiro.
 Não sabia ainda o que estava acontecendo, me apoiei nos cotovelos e fui levantar. Minha cabeça ainda fazia um piiiiiin da pancada na nuca. Um pezão tamanho 45 me empurrou de volta para o chão, seguido de um "senta esse cu magro aí.". " Táqueopariu, ta rolando um assalto aqui." , pensei, não falei.
 Eram 3 marginais armados de 38's. Estavam vestidos de preto. Camiseta, calça, luvas e aquelas toucas ninja no rosto. Um era alto, devia ter 1,80 e poucos, uma barriga de cerveja, mas não era gordo. O outro
magro e não parava de fungar o nariz, tinha dado um tirinho antes do delito ou era só coriza mesmo? O terceiro meliante era baixinho, parrudinho, metido a bobadinho e com umas tatuagenzinhas. Isso mesmo tudo no diminutivo, apelidei o cara de chaveirinho, apelidei na minha mente é claro.
 O clima tava tenso, porra tava rolando um assalto. Os ladrões discutiam impacientes sobre um suposto cofre, e minha nuca  jorrava o sangue que eu cultivava a 25 anos dentro do meu corpo. Pensei em tentar dialogar com os bandidos, afinal eu ainda planejava tomar meu café com leite e costurar minha cabeça antes de ir trabalhar.
Comecei o ritual pela segunda vez, me apoiei nos cotovelos e fui levantando lentamente. Todos passaram a me observar, "o que esse animal vai fazer" , devem ter pensado. Me pus de pé, e pensei: " vou trocar uma ideia na moral, sei trocar ideia com malando, já evitei que roubassem vários celulares trocando uma ideia firmeza.".O baixinho e parrudinho, notou que eu havia levantado, deu no máximo não mais que 3 passos e apontou a arma para mim. "Senta o cu no chão agora, seu merda. Ou vou descarregar esse 38 todinho na sua cara." . Nunca sentei tão rápido na minha vida, e vou confessar dei  uma mijadinha na cueca. Fiquei quietinho, dava medo até de olhar pro lado.
 O papo entre eles continuava o mesmo, o tal cofre que supostamente estava na cozinha. Supostamente porque eles ainda não tinham ido até a cozinha. Cozinha que tinha uma saída para rua. Saída que os 2 funcionários da padoca, o que fazia e o que assava os pães saíram quando viram que a padoca estava sendo assaltada.
 Mentalmente fiz um balanço do que me tinha acontecido até ali. Tinha encarado a maior chuva do planeta em plena terça-feira, quase 6 da manhã. Engolido contra minha vontade 2 litros de água de esgoto misturado com chuva. Tinha perdido meu guarda-chuva, meu querido e finado guarda-chuva que comprei em Bertioga durante um fim de semana prolongado. Ele vai me fazer uma falta danada. Comprei esse guarda-chuva porque na casa em que eu fiquei não tinha guarda-sol, nem mesa e nem essas coisas para se levar a praia. Sai por algumas lojas a procura de um, não encontrei. Achei apenas meu querido guarda-chuva. Como ele era bem grande tive a ideia de amarrar um cabo de vassoura no cabo dele e utiliza-lo como guarda-sol. Gênio! Deu certo e viramos melhores amigos em dias de chuva, até que um vendaval torrencial nos separou.
 Quase fui atropelado por um Uno. Ainda estava sentindo o piiiiin da coronhada na nuca enquanto tirava onda de refém durante um assalto em uma padoca. Até que me aconteceu bastante coisa em pouco menos que 2 horas.
 O caixa da padoca explicava, ou tentava explicar, calmamente que o dono não deixava dinheiro no cofre. Que todas as noites ele passava e recolhia, deixando apenas aquela quantia que os meliantes tinha em posse.
 O baixinho parrudinho era o mais alterado e não aceitava o fato do tal cofre estar vazio. " Vazio o cacete, vamos lá ver se está vazio mesmo" e tome tapa no coitado do caixa. Mas o caixa dizia não ter a senha para abrir o cofre e isso irritou o parrudinho que com um puxão só arrancou a camisa do obeso caixa da padoca, que começou a chorar e se mijar gritando que não queria morrer.
 Os bad guys já estava lá havia uns 20, 25 minutos. Tempo demais para mim que só fui comprar uma caixa de leite e pra eles que só foram assaltar a padoca. A policia iria chegar a qualquer momento. O magrelão já tava quase indo embora sozinho, "rapaziada vamo aê, os gambé vai chegar, já pegamo a grana". O altão e barrigudo era o provável chefe da operação padoca e concordava com o magrelão, "é vamos pegar o beco, vai chover gambe aqui daqui apouco", but  o baixinho queria o diabo do cofre, ganancia é uma merda.
 Meus agora amigos reféns estavam mais calmos, e pensavam em tentar achar uma maneira de sair da padoca. Nosso líder era o tiozinho com pouco cabelo. Eu tentava a todo custo tirar essa idéia da pauta deles, " fugir, vocês estão loucos? Eles vão mandar bala em todo mundo." O negão segurança voltou a chorar. Foi aí que eu senti um cheiro de queimado. Os 2 animais que estavam na cozinha deixaram alguma panela no foderoso fogão industrial da padoca e aos pouco a cozinha entrava em chamas. Os ladrões ainda não haviam percebido e nem sentido o cheiro de queimado, estavam ocupados com o tal cofre que deveria estar sendo derretido na cozinha em chamas.
 Barulho de peidos e de sirene na rua, os PM's chegaram! As senhoras começaram os agradecimentos a deus. "Jesus muito obrigado." "Deus seja louvado." O negão começou a orar e chorar agradecendo. Os bandidos ficaram em pânico. " Vamos embora agora!" gritou o altão e barrigudo. "Vamos sair pelos fundos" , continuou ele.
 Lá fora os PM's já tinham fechada toda a avenida de duas mãos e a frente da padoca estava cercada de policiais. Um deles veio negociar. Pediu que ficassem calmos e liberassem os reféns.
 Aí aconteceu o que mais me surpreendeu, o magrelo tinha uma mochila nas costas, mochila grande. O altão e barrigudo pediu a mochila. Colocou no chão e abriu, dentro dela camisetas e mascaras ninja. "Porra, esses caras são espertos para cacete, véi", pensei, não falei. Ele saiu distribuindo pra todos, e pediu que colocássemos as camisetas e as tocas. Todo mundo fantasiado de bandido agora.
"É o seguinte vamos todos sair pela porta dos fundos, quando ganharmos a rua corremos. Se alguém der uma de esperto e vou mandar bala em vocês nos policiais e no caralho a quatro. Então é melhor seguirmos o que estou dizendo e todo mundo vai ficar bem.". Concordamos acenando com a cabeça. Fizemos então uma fila indiana com todos os presentes. Uma fila maior que a do pão. A ordem ficou: bandido magrelão, o alemão balconista, senhora que sentia sono, tiozinho sem cabelo, o roqueiro maconheiro balconista, tiozinho da capa de chuva (sem a capa de chuva, teve que tirar pra colocar a camiseta preta), baixinho parrudinho, eu, negão segurança, senhora de 65 anos, o caixa, a gordona, o magrelão espinhento e o chefe dos meliantes o altão barrigudo.
 O policia ainda tentava negociar com a porta, quando calmamente já dávamos a volta e passávamos para o outro lado do balcão.O primeirão da fila, bandido magrelão já estava entrando na cozinha em chamas.
 " Muita calma galera, não vão tentar dar uma de héroi agora", aconselhava-nos o altão barrigudo.
 Na cozinha não conseguíamos enxergar nada. Só o fumaça e o fogão industrial derretendo um panelão imenso, pensei em ir desligar o fogo mas, meu pensamento foi interrompido por um empurrão.
 Todo mundo tossindo muito, chegamos ao pé da porta de saída. Ela dava para uma ruela sem saída. A policia não estava lá. Mas iriamos ter que passar pela avenida onde a policia estava, porque a ruela dava na avenida.
 " Quando chegar na avenida todo mundo corre" , nos ordenou o baixinho parrudinho.
   O negão/segurança/chorão, não quis esperar ou não entendeu que era para esperar chegar na avenida e correu antes, o baixinho parrudinho meteu bala nele. Um dos tiros pegou na perna e ele caiu de cara no chão e desmaiou. Com isso a policia devido os barulhos de tiro correram para viela, virou um tumulto só. Todo mundo correndo e querendo passar pela viela estreita de uma vez, a policia vindo de encontro. Uma puta confusão, a policia não sabia quem era bandido e prendeu todo mundo, eu tentava avisar que não era  bandido que era um refém. O policial torcia o meu braço tentando me imobilizar. Tomei mais uma coronhada na cabeça e desmaiei pela segunda vez.
 Acordei na delegacia, gosto de sangue na boca e uma dor de cabeça infernal. Estava algemado e sentado numa cadeira, nessas salinhas de interrogação. Contei minha versão da história sem omitir nada, contei ate do meu fascínio por café com leite, da perda do meu querido guarda chuva, detalhei todos os reféns, contei tudo.
 Eles conversaram com os outros reféns e eles afirmaram que eu também era um refém.
 Sai da delegacia bem depois que os outros porque estava sem nenhum documento, porra não tenho o habito de ir na padoca com RG, CPF, comprovante de residência e o escambau. Eles disseram que eu teria que aguardar mais um pouco. Nesse tempo que eu fiquei esperando, passou por mim os 3 sujeitos que tentaram assaltar a padoca. Eles foram presos, trocaram tiro com a policia mas acabaram cercados e se entregaram com medo de morrer. O magrelão só chorava, o baixinho parrudinho reclamava, xingava,cuspia, tava inconformado. O altão barrigudo tava de cabeça baixa mas, deu pra ver de leve seu rosto que estava bem inchado, deve ter apanhado bastante no caminho até a delegacia.
 Quando eles passaram eu mandei um "Salve" eles me olharam e eu abaixei a cabeça com medo. Caralho, o que eu tenho que falar "salve" pra bandido que quase me matou e esta sendo preso?
 Me liberaram. quase 14h e eu não tinha tomado meu café, nem costurado minha cabeça e muito menos ido trabalhar.
 Eu sou operador de telemarketing, não contei antes por vergonha. Começo a ligar para a casa das pessoas as 7 e meia da manhã. Geralmente faço cobranças de cartão de crédito e afins. Meu chefe é um pau no cu baba ovo da empresa. Ele vai querer me foder por causa do atraso. Então nem apareci, só fui no outro dia.         Cabeça enfaixada até a metade, a primeira coronhada levei 6 pontos, a segunda levei 4. Cheguei me sentindo o John Maclane no final de algum Duro de Matar, todo estropiado mas o fodão da bagaça.  Todo mundo me perguntando se eu estava bem e o que tinha acontecido, eu só respondia "depois eu explico".
 Bati na porta da sala do meu chefe baba ovo da empresa, ele gritou "entra" eu entrei.
 O meu chefe tem a minha altura, mais ou menos 35 anos, e é bem flácido  Ele era gordo, fez redução de estomago e sobrou muita pele. Agora está trabalhando pra fazer uma cirurgia pra retirar os excessos. Ele vive dizendo que entrou na empresa 8 anos atrás, que teve que ralar muito, que também era operador, que fazia 5 horas extras todos os dias. Aquela babação de ovo de chefe baba ovo, normal. Quando ele vem com esse papo pra cima de mim, falo que quero que vá ele e a empresa para casa de campo do caralho. Ele dá risada e vai contar seu testemunho para outro operador.
  A sala dele é um cubículo, só cabem uma mesa, 2 cadeiras e um pequeno armário. Sentei de frente pra ele.
Ele estava fazendo algo no computador, jogando RPG aposto, não tirou o olho do computador. " Resolveu aparacer hoje?" , começou ele. " Sim, houve uns imprevistos ontem e não deu para eu vir." , eu disse. " O que foi que aconteceu com sua cabeça, brigou em alguma balada gay?" Falou apontando para minha cabeça, rindo e voltando a atenção para o joguinho de viado no computador.
 "Não." respondi seco. Ele ficou em silêncio. Me levantei para ir embora, ele me mandou sentar e dizer o que realmente tinha acontecido. Demonstrou interesse, parou de fazer o que estava fazendo no computador e focou sua atenção em mim.
 Respirei e comecei a contar, contei tudo, desde o começo. Terminei de contar o que havia acontecido, toda a trama da chuva, bandidos, coronhadas, policia e a merda toda. Ele apertou dois botões no teclado, ctrl + p. A impressora começou a fazer barulho, saiu um papel. O viado não tava jogando, ele estava formulando minha demissão no computador. Ele me deu e pediu que assinasse, abriu um sorriso amarelo e disse: " Você esta demitido" . Fiquei  meio espantado confesso que não estava esperando. Assinei, me levantei e quando eu ia me virar para sair da sala notei que tinha uma caneca na mesa. Perguntei o que tinha na xícara, ele falou ainda sorrindo " Café com leite queridão" . Peguei a caneca sobre os olhos espantados do meu agora ex-chefe e tomei numa golada só aquele café com leite quente fervendo, desceu rasgando.
 Coloquei a caneca de volta na mesa e saí.



domingo, 30 de outubro de 2011

Jamie Lee Curtis no Papo firmeza


A veterana atriz nos proporcionando umas das mais lindas homenagens já recebida por nós.

Faltam 27 dias!

sábado, 8 de outubro de 2011

Maria Cristina no Papo firmeza

Essa belezinha aí é uma amiga da minha mãe que quis nos homenagear durante
um acampamento.

Faltam 50 dias!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Vanessinha Poltergeist no Papo Firmeza

Linda, maravilhosa e fã do Papo firmeza.

Faltam 71 dias.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cleópatra no Papo firmeza

Uma das mulheres mais lindas do mundo, minha amiga Cleópatra prestando essa
homenagem linda.

Faltam 74 dias.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Kevin Pollak no Papo Firmeza

Grande astro hollywoodiano e nosso amigo, o ator Kevin Pollak prestando sua homenagem
ao Papo firmeza.

Faltam 76 dias.